quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fabio Balassiano fala sobre OURINHOS e o trabalho de Base

E o trabalho de base?

Por Fabio Balassiano do Bala na Cesta
Ontem Ourinhos estreou no Paulista com vitória sobre Piracicaba. Muito bom, legal, parabéns. Mas no mesmo site da Federação que vejo os quase sempre triunfos do time, vejo os "micos" do mesmo clube nas divisões de base. Olhem só: não participa do circuito mini; não participa do circuito mirim; não participa do circuito juvenil; e apanhou de 78-23 para Osasco e 65-25 nas duas primeiras rodadas do campeonato infanto-juvenil. Estranho, não?

Evidentemente, contratar jogadores e não formá-los é uma política, e não pode ser criticada (há clubes de futebol que sucateiam as suas divisões de base para ter um poder de contratação maior no mercado). Com Ourinhos acontece isso. Vira e mexe, como aconteceu agora com a pivô Karina Jacob e antes com Êga, Micaela e Mamá, o clube quase sempre traz as melhores atletas do mercado. Com um mecenas no comando, investir em figuras conhecidas é mais atrativo aos olhos da comunidade e mexe positivamente com o orgulho de quem coloca a mão no bolso.

Por outro lado, acho estranho que o basquete brasileiro aceite isso e se acomode tão passivamente com a situação. Com um pólo de basquete tão sedimentado assim, perder a chance de formar novos talentos na região é péssimo para a modalidade. Fazer com que a diretoria de Ourinhos enxergue que isso pode, sim, lhes render frutos no futuro seria obrigação dos comandantes do nosso basquete, não? Conscientizar e estimular essa galera não deve ser tão difícil assim. Basta olhar o exemplo de Americana, que consegue formar atletas com muito talento.

A artífice daquele projeto, Mila Rondon, dá sopa no mercado.

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